sábado, 27 de julho de 2013

UM TEXTO DE CACÁ DIÉGUES - O HOMENAGEADO DA IV FLIMAR

"Uma jornada de encontros". 

Carlito Lima - Cacá Diégues - Osvaldo Viégas
Por Cacá Diegues

Tenho acompanhado a Jornada Mundial da Juventude ao longo desta semana e, pelo menos até o momento em que escrevo este texto, o faço com surpresa e admiração. Apesar das vicissitudes de transporte e circulação, há muito tempo não via as ruas da cidade tão alegremente movimentadas e coloridas. Mesmo por onde o Papa não é esperado passar, bandos de moças
 e rapazes carregam bandeiras de seus países e cantam hinos em diversas línguas, num carnaval de rua cosmopolita, sereno e empolgante.

Confesso que até me emocionei ao ver casualmente, no calçadão da Avenida Atlântica, um inesperado encontro de confraternização entre um grupo de jovens iranianos com a bandeira de seu país e outro de americanos com a dos Estados Unidos.

Não é preciso ser católico, nem ter qualquer religião, para se encantar com o que está se passando no Rio de Janeiro. Estamos assistindo a uma experiência daquilo que o rabino Abraham Skorka, coautor de livro em parceria com o Papa Francisco, “Entre o céu e a terra”, chamou de “cultura do encontro”.

Um encontro não é uma adesão ao outro, nem mesmo a abertura de um diálogo em busca de alguma verdade única e absoluta. Um encontro é apenas isso mesmo, a aproximação entre pessoas, mesmo que elas não tenham as mesmas ideias, nem estejam dispostas a pensar sobre o que pensam.

Um dos aspectos mais relevantes da Jornada tem sido o dos diversos eventos inter-religiosos, uma busca sem tensão por alguma coisa em comum entre crenças tão diversas. A busca do abraço universal, do humano em cada fé.


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