
A 4ª Festa Literária de Marechal Deodoro (4ª FLIMAR) é um projeto desenhado para ser evento anual. Contemplará especialmente a literatura, e vários segmentos da cultura: música, folclore, cinema, gastronomia, entre outras manifestações culturais. A escolha da cidade de Marechal Deodoro, do público e dos eventos a serem apresentados tem todo o cuidado para garantir a perenidade do evento.
quinta-feira, 25 de abril de 2013
IV FLIMAR PRÉ PROGRAMAÇÃO
(25 A 28 DE SETEMBRO DE 2013)
PRÉ – FLIMAR – PROGRAMAÇÃO - CRONOGRAMA
ABRIL-MAIO- JUNHO – Captação de recursos
JULHO – Divulgação da IV FLIMAR
- 16 de maio – Lançamento da IV FLIMAR
- Brasília
- 3 a 7 de julho – 11ª Festa Literária
de Paraty – FLIP
- 9 a 29 de julho – Campanha de
doação de livros em Maceió e Marechal Deodoro.
AGOSTO – Palestras nas escolas e faculdades sobre a IV
FLIMAR e seus homenageados em 2013: Cacá Diégues e Graciliano Ramos – Distribuição
dos livros doados não didáticos aos alunos e nas comunidades.
19 de SETEMBRO – Café da manha
oferecido aos jornalistas, escritores,
apresentando a programação da IV FLIMAR.
quarta-feira, 24 de abril de 2013
UM TEXTO DE CARLITO LIMA - CURADOR DA IV FLIMAR
A Lenda da Massagista do Navio
Letícia tinha apenas 10 anos quando
aconteceu o acidente de carro. Seu pai morreu. Segundo a mãe, ela salvou-se
graças a uma promessa. Ao completar 16 anos, entrou para o convento, promessa
cumprida de Dona Margarida. Letícia aceitou resignada seu destino. Estava em
paz consigo, dois anos interna preparando-se para ser freira, quando apareceu
no convento o Padre Ramalho, ainda moço, beirando os 30 anos, alto, forte,
alegre e bonito. Mexeu no coração e nas vísceras de Letícia. A imagem do padre deu-lhe
inquietude, desconcentração, insônia. A recíproca foi verdadeira, o padre se
encantou com a morenice, os olhos amendoados, os cabelos negros daquela noviça
meiga. O Demônio atenta, fez com que Letícia ficasse ajudando ao padre durante
as missas e preparativos. Com dois meses os dois jovens estavam enfeitiçados. Aconteceu
o previsto pelo Cão. Numa noite de lua nova, por trás da sacristia, o sangue escorreu
pelas pernas de Letícia. Continuaram se encontrando, se amando, até que um dia
a madre superiora teve certeza de alguma coisa entre os dois, só pelos olhares.
Entregou a freirinha em sua casa afirmando falta de vocação, Deus perdoaria a
promessa.
Letícia ficou quatro meses e dois dias
trancada em seu quarto, saía para comer. Chorava a noite toda, a mãe pensava ser
frustração, não ser freira, nunca imaginou, era saudade do Padre Ramalho. Noites
insones se possuindo. Uma prima foi visitá-la, conseguiu tirá-la daquele estado
letárgico, mostrou-lhe as noitadas, as baladas de Maceió. A partir desse dia
Letícia dedicou-se à noite, à boemia e aos homens. Em certa temporada de verão um
turista grego, passageiro do Maru Costa, convidou-a para conhecer o navio. Fizeram
amor no camarote. Quando acordou no dia seguinte, o transatlântico atracava no
Recife, havia viajado como clandestina. Daí aceitar o emprego de “massagista”
no navio foi um pulo. No outro dia o Maru Costa partiu para Tenerife, sete dias
de viagem pelo Oceano Atlântico. Não foi difícil arranjar clientes. Comprou
roupas a bordo. À noite entrava nos salões de dança encantando homens e
mulheres. Nessa semana de viagem ganhou tanto dinheiro que não acreditou. Com
apenas 20 aninhos tornou-se “massagista” de alto luxo. Ao desembarcar em
Tenerife o grego deixou o camarote para a amiga. Dois dias depois o navio rumou
à Barcelona. Letícia engrenou sua vida, enviava cartas e dinheiro para mãe
orgulhosa com a filha, comissária de bordo.
A divina brasileira, assim a
chamavam, ficou embarcada em camarote exclusivo. Passaram-se semanas, meses,
anos. Letícia exerceu a profissão de massagista durante 23 anos, 4 semanas e 2
dias, inquilina do Maru Costa. Apenas uma vez retornou à Maceió, de avião, para
o enterro de sua mãe. No Parque das Flores todos queriam falar ou ver a menina
Letícia que um dia partiu sem destino, continuava solteira, charmosa, rica, misteriosa,
nunca deixou de enviar dinheiro para mãe. A bela mulher abafou em um vestido
negro, não passou mais dias na cidade porque o navio ia partir de Sydney na Austrália
para Amsterdã na Holanda. O comandante telefonou pedindo sua presença, ela
fazia parte do patrimônio no navio. Assim Letícia viajou por todo mundo,
conheceu homens de toda espécie, escandinavos, latinos, asiáticos, africanos. O
felizardo que passou uma noite com Letícia, jamais a esqueceu. Durante esses
anos ela teve 5.875 propostas de casamento, recusadas, dizia seu destino ser a
solteirice. O nome de Letícia ainda corre nos quatro cantos do mundo conhecida
como feiticeira do amor. Quando o navio atracava nos portos havia fila organizada
de clientes para receber a brasileira nos hotéis da cidade. Seu nome tornou-se
lenda na Europa, no mundo. Ano passado o navio Maru Costa teve sérios problemas,
antes de se aposentar, antes de o explodirem, fez seu último cruzeiro, por coincidência
o mesmo em que Letícia
embarcou anos atrás. Ela ficou triste, estava disposta a se esconder e se explodir
junto com o navio. Quando o Maru Costa atracou em Maceió, o céu estava ensolarado,
o mar verde esmeralda com matizes azuis. O coração de Letícia disparou, acabou
a depressão, arrumou-se, desembarcou.
Quem quiser conhecer nossa heroína é
só ir a uma casa de massagem na Serraria. Letícia atende com mais três
massagistas. Dizem que os clientes preferem a coroa. Os mais íntimos, ao ouvirem
sobre sua vida, suas histórias, perguntam qual dos homens que teve a seus pés, o
amor grande de sua vida. Ela não hesita: “Do primeiro amor ninguém esquece!”
UM POUCO DE HISTÓRIA DAS ALAGOAS
DEPOIS DO DESCOBRIMENTO EM 1500, O BRASIL FOI DIVIDIDO EM CAPITANIAS HEREDITÁRIAS PARA FACILITAR A COLONIZAÇÃO. A CAPITANIA DE PERNAMBUCO SE ESTENDIA DE IGARASSU AO NORTE ATÉ O RIO SÃO FRANCISCO AO SUL, O HOJE ESTADO DE ALAGOAS PERTENCEU A PERNAMBUCO DURANTE 317 ANOS.
DUARTE COELHO O DONATÁRIO DA CAPITANIA SE PREOCUPOU MAIS COM A PARTE NORTE, FUNDOU IGARASSU, RECIFE E OLINDA, A PARTE SUL ABANDONADA.
OS FRANCESES APROVEITARAM, FICARAM MAIS DE 30 ANOS CONTRABANDEANDO O PAU BRASIL ABUNDANTE NA ÁERA, CONSTRUIRAM O PORTO DOS FRANCESES, ATÉ HOJE A PRAIA É CONHECIDA COMO PRAIA DO FRANCÊS.
SÓ EM 1536 DUARTE COELHO RESOLVEU ESPULSAR OS FRANCESES E CONSTRUIU O POVOADO DE MADALENA DO SUAMAÚMA ONDE HOJE É O BAIRRO DE TAPERAGUÁ. ANOS DEPOIS O POVOADO SE TRANSFORMOU EM "VILA DE SANTA MARIA MAGADALENA DA ALAGOA DO SUL". O POVO FOI SIMPLIFICANDO CHAMANDO DE ALAGOA DO SUL, DEPOIS CIDADE DE ALAGOAS.
EM 1817 A REGIÃO SUL DA CAPITANIA DE PERNAMBUCO EMANCIPOU-SE E TOMOU O NOME DE PROVÍNCIA DAS ALAGOAS, TENDO COMO CAPITAL A CIDADE DE ALAGOAS ( HOJE MARECHAL DEODORO, POR SER TERRA NATAL DO MARECHAL DA REPÚBLICA).
SÓ DEPOIS DE ALGUNS ANOS A CAPITAL FOI TRANSFERIDA PARA MACEIÓ.
UM TEXTO DE CACÁ DIÉGUES - CINEASTA - ESCRITOR - HOMENAGEADO DA IV FLIMAR
Dois mil e quatorze
Não
sou supersticioso, prefiro confiar no acaso. Mas também só entro em
avião com o pé direito, procuro não passar por baixo de escada e, quando
adolescente, só ia aos jogos com a mesma camisa número seis do Botafogo
(a de Nilton Santos). Embora evite a superstição que nos imobiliza,
gosto de brincar com números e, num desses jogos, me ocorreu uma certa
magia no ano que vem.
Em
2014, ano da Copa do Mundo no Brasil, completaremos 50 anos do golpe
militar que resultou na mais longa e cruel ditadura de nossa história
nacional, iniciada em 64. E 64 anos do golpe cruel da Copa de 50, quando
os uruguaios nos venceram, naquela histórica final no Maracanã que
resultou em longa depressão nacional, iniciada com o gol de Ghiggia.
São
64 anos de 50 e 50 de 64. Datas e números que dizem provavelmente pouco
aos nossos jovens, mas que têm significado profundo para aqueles que
viveram grande parte de suas vidas durante a segunda metade do século
20.
No
“maracanazo” de 50, iniciamos a exposição pública de nosso complexo
coletivo de viralata, num sofrimento nacional do qual não consigo me
lembrar de outro igual (talvez por ser tão criança na época). Obdulio
Varela, o valente capitão uruguaio, cuspira no rosto de Bigode, nosso
lateral mulato, sem que esse reagisse, e levara seu time à vitória aos
gritos, contra brasileiros acovardados em campo e conformados em
silêncio nas arquibancadas. Era assim que nós mesmos descrevíamos a
tragédia.
Desde
ali, os brasileiros se tornaram um povo sem flama, incapaz de reagir à
desgraça à qual estava destinado. Por mais que tivéssemos nacionais
virtuosos, como Zizinho e Ademir, jamais seríamos uma coletividade
vitoriosa. O sucesso nos escaparia sempre nos últimos minutos, por
decreto do destino e impotência nossa. O Brasil estava condenado a
adormecer eternamente em berço esplêndido, incapaz de se erguer para
existir.
No
golpe de 64, o viralata foi convencido de que era mesmo ignorante e
estúpido, na melhor das hipóteses ingênuo. Nem mesmo sabia votar, não
merecia portanto o luxo da democracia e da liberdade. Militares
insuflados pelos sábios que cuidavam de nossa incompetência e se
substituíam à nossa incapacidade de gerir o país, tomavam às mãos a
condução de nossas vidas, à revelia do que pensássemos disso. Haviam-nos
roubado o direito de ganhar, agora nos levavam o de ser.
A
partir do golpe, a tragédia se tornara cotidiana, o inaceitável passara
a ser normalidade. Vivemos exilados em nosso próprio país,
neutralizados pelo medo e pela conveniência. Passamos vinte e um anos
com nossa vontade alienada, em nome da luta contra o monstro comunista
que nos havia de devorar e que acabou ruindo sem muito ruído.
Quando eu era estudante, países como o nosso eram chamados simplesmente de “subdesenvolvidos”.
Ao longo dos anos 1960, esses países passaram a ter uma certa
importância estratégica nos embates da Guerra Fria. A inteligência
francesa deu-lhes então uma identidade política própria, chamando-os de Tiers Monde (Terceiro Mundo), nos presenteando com o orgulho da singularidade.
Hoje,
quando o Brasil e outros países semelhantes começam a ter certo peso na
economia globalizada, sendo capazes de provocar crises ou de bem
suportá-las na bagunça do capitalismo financeiro contemporâneo, somos
elevados à categoria de países “emergentes”. Não sei dizer se essa
evolução etimológica é parte de algum capítulo das ciências humanas
modernas ou se é pura habilidade político-diplomática. Mas pode também ser a tradução do inconsciente coletivo da humanidade a nos conduzir a uma nova identidade.
Desde
a redemocratização do país, começamos a nos libertar dos fantasmas e
carmas derrotistas. Seja qual for a opinião politica de cada um de nós, é
evidente que viemos, ao longo dessas duas últimas décadas, aprendendo a
confiar em nós mesmos. Nossos jovens não acham mais que estamos
condenados ao fracasso e querem exercer sua justa vontade sobre o
concerto da nação. Temos que acreditar sempre que isso seja possível.
Tomara
que 2014 celebre, sem superstições positivas ou negativas, o enterro
definitivo do viralata. Compreenderemos então que a mágica da realidade
começa pelo exercício da vontade.
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terça-feira, 23 de abril de 2013
sábado, 20 de abril de 2013
ORLA DE MACEIÓ ENTRE AS MAIS BONITAS DO MUNDO - A 28 KM DO CENTRO HISTÓRICO DE MARECHAL DEODORO ONDE ACONTECERÁ A IV FLIMAR
As cidades com orlas marítimas mais bonitas do mundo
13 de abril de 2013
As cidades de Miami Beach, Acapulco, Cancún, Maceió, Cartagena, Nice, San Sebastián e Surfers Paradise têm em comum algo que lhes dá um privilégio invejável: possuem uma orla marítima de beleza inigualável. São cidades de porte médio, exploram o turismo e têm moradores que sabem usufruir do fato de viverem em um local inspirador. São cidades mais descontraídas e ensolaradas, onde viver é uma comemoração, e não uma obrigação. Existem outras cidades que são banhadas pelo mar que também têm grande beleza, como é o caso do Rio de Janeiro, Cidade do Cabo, São Francisco, Sidney, Hong Kong, etc. Todavia, são cidades que têm muitas outras vocações turísticas. Também foram excluídas desta lista pequenas cidades.
MIAMI - USA
ACAPULCO - MÉXICO
MACEIÓ - ( BRASIL)
CARTAGENA ( COLÔMBIA)
MARECHAL DEODORO, 417 ANOS, ONDE SE RESPIRA HISTÓRIA, CULTURA, LITERATURA -
Na próxima segunda-feira (22) terá início a pintura das casas e igrejas do Centro Histórico de Marechal Deodoro. Um projeto de bom gosto, parceria da Prefeitura Municipal, com a TINTA CORAL.
A pintura deverá ficar pronta dentro de 60 dias e a cidade de MARECHAL DEODORO mais bela ainda. Eduque seus filhos e alunos visitando a história das Alagoas, Marechal Deodoro, antiga cidade das Alagoas, primeira capital, onde se respira cultura.
A pintura deverá ficar pronta dentro de 60 dias e a cidade de MARECHAL DEODORO mais bela ainda. Eduque seus filhos e alunos visitando a história das Alagoas, Marechal Deodoro, antiga cidade das Alagoas, primeira capital, onde se respira cultura.
segunda-feira, 15 de abril de 2013
VEM AÍ A 4ª FESTA LITERÁRIA DE MARECHAL DEODORO - 4ª FLIMAR - 15 MESAS DE DEBATES, 24 PALESTRAS E OFICINAS COM MELHORES ESCRITORES DO BRASIL, FEIRINHA DE CULTURA, VISITAÇÃO PÚBLICA AO CENTRO HISTÓRICO, SHOWS, SARAU NA CASA DO MARECHAL E NA ESCUNA EM PLENA LAGOA, CORDEL, FOLCLORE, DESFILE DE MODA DE RENDA, FLIMARZINHA. HOMENAGEADOS: GRACILIANO RAMOS E CACÁ DIÉGUES - DE 25 A 28 DE SETEMBRO - 2013
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