Audálio Dantas
Começou como repórter da Folha da Manhã, passou por diversas revistas e algumas reportagens tornaram-se livros. Foi presidente de órgãos sindicais jornalísticos e deputado federal. Lutou pela causa do jornalista Vladimir Herzog
Audálio Dantas nasceu em Tanque D’Arca (AL), em 8 de julho de 1929.
Começou como repórter da Folha da Manhã (antiga Folha de S.Paulo) em 1954, escrevendo textos sobre temas cotidianos, sem usar expressões que a publicação considerava elegantes na época. Em 1955, quando perceberam na redação o seu interesse por assuntos culturais, foi guindado à Secretaria do Suplemento Dominical, dirigido pela escritora Maria de Lurdes Teixeira – que viria a ganhar dois Prêmios Jabuti.
Embora o que mais gostasse na época fosse acompanhar a paginação do caderno na oficina, foi trabalhando nele que conquistou seu primeiro prêmio de reportagem: uma entrevista “não dada” por Guimarães Rosa, que lançava Grande Sertão: Veredas na capital paulista. O repórter conta que chegou à livraria onde ocorria o lançamento e, após ter seu pedido de entrevista negado pelo grande escritor e diplomata, ficou por perto e anotou as respostas dadas aos leitores e algumas dedicatórias assinadas pelo mestre. Esse material lhe possibilitou escrever a matéria.
Em 1956, o diretor de Redação da Folha da Manhã Mazzei Guimarães o despachou para a cidade de Paulo Afonso (BA), onde a Hidrelétrica do São Francisco começava a mandar energia elétrica para os estados do Nordeste. Além de descobrir como a eletricidade começava a influir na economia da região, aproveitou para trazer várias matérias sobre outros assuntos, todas com fotos.
Além da fama de bom repórter, foi conquistando a de que tinha um bom texto. E continuava fazendo algumas reportagens de sucesso. Costuma apontar como a mais importante de sua carreira a que produziu com o diário de uma moradora da favela do Canindé, em São Paulo (SP). A ideia inicial era observar o local por uma semana para uma reportagem, mas, no segundo dia de oitiva, ouviu Carolina de Jesus, uma menina, gritar para quem quisesse ouvir que denunciaria todas as mazelas dos favelados num livro que estava escrevendo.
Além da fama de bom repórter, foi conquistando a de que tinha um bom texto. E continuava fazendo algumas reportagens de sucesso. Costuma apontar como a mais importante de sua carreira a que produziu com o diário de uma moradora da favela do Canindé, em São Paulo (SP). A ideia inicial era observar o local por uma semana para uma reportagem, mas, no segundo dia de oitiva, ouviu Carolina de Jesus, uma menina, gritar para quem quisesse ouvir que denunciaria todas as mazelas dos favelados num livro que estava escrevendo.
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