CRÔNICA DA MULHER
MADURA
Em casa, durante a separação, a menina fez
aquela célebre pergunta: “O que ela tem que não tenho?” O sessentão com a
sabedoria dos mais vividos, acariciando-lhe as faces respondeu: ”Experiência,
estrada de vida!”
Deus quando elaborou o projeto do Mundo
colocou a mulher como a criatura mais semelhante à sua imagem. Uma mulher
depois dos 40 é o estágio mais avançado do ser humano, perto do sublime, do divino. Nessa fase a
mulher alcança o auge da sabedoria, da experiência, da sensibilidade, da
sensualidade.
Uma mulher amadurecida é apetitosa que nem
manga espada madurinha, dá vontade de tirar a casca e abocanhar, mulher não se
descasca, está pronta.
A menina de 20 anos lê o Kama-Sutra, a
coroa de 50, pratica. Nada contra a juventude, é o encanto dos olhos, fantasia
de desejos, êmulo do sentido. Quanto ao sexo feminino vou de Nabokov a Balzac.
No mundo moderno viver a vida não é mais
privilégio exclusivo dos jovens. A nova geração de coroas continua trabalhando,
amando, em todos os lugares, nos lares, nos bares, nos mares, encarando a vida,
dançando, sorrindo, sentindo. Os mais velhos não se entregam, querem viver,
apreciar os encantos, as magias, os mistérios mais simples da vida. A mulherada
muito contribuiu na mudança dos costumes, um presente de nossa vida.
A maior revolução da história da humanidade
não foi a Queda da Bastilha, nem a Revolução Russa, foi a das mulheres no
século passado, ganhando seus merecidos lugares dentro da sociedade.
Venceram preconceito, intolerância. No dia
que as mulheres tiverem mais poder, mais comando; quando tiverem as rédeas do
mundo, a humanidade será mais bela, mais gentil, mais generosa, mais tolerante.
Vejam o exemplo onde existe opressão contra
as mulheres, onde reina o machismo exagerado, nos países como Irã, Iraque,
Afeganistão, campeia a violência.
Prestemos homenagens à geração dessas mulheres
maduras e corajosas, fizeram a revolução sexual e feminina no final dos anos
60, o mundo não foi mais o mesmo graças à coragem dessas mulheres belas, cheias
de charme, que estão aí em sua plenitude.
Além disso, a mulher madura tem o instinto
maternal mais exacerbado. A mulher que é mulher, não basta ser boa na cama, tem
que fazer o papel da companheira, namorada, amante. Freud explica isso em 60
volumes. A vida floresce na mulher aos
quarenta, cinquenta, sessenta, setenta e tantos anos. Nada melhor, nada tão atraente quanto a sexualidade, a experiência, da mulher
madura, gostosa que nem uma pinha de
Palmeira dos Índios.
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