domingo, 18 de agosto de 2013

UM TEXTO DE CARLITO LIMA

                    CRÔNICA DA MULHER MADURA
     

Um homem de sessenta e poucos anos enviuvou, acostumado com a companhia de cama e carinho feminino, não durou sua viuvez, logo estava com uma bela mulher, menina de 23 anos. Eram felizes, a namorada não reclamava dos afagos, da competência, da constância e dos ensinamentos do companheiro, apesar da diferença de idade viviam no cotidiano básico, normal de qualquer casal.  Até que um dia, sempre tem um dia... ela desconfiou, aquele sexto sentido feminino,  seguiu seus passos, o pegou em flagrante com uma mulher mais velha, coroa bem cuidada.
    Em casa, durante a separação, a menina fez aquela célebre pergunta: “O que ela tem que não tenho?” O sessentão com a sabedoria dos mais vividos, acariciando-lhe as faces respondeu: ”Experiência, estrada de vida!”
    Deus quando elaborou o projeto do Mundo colocou a mulher como a criatura mais semelhante à sua imagem. Uma mulher depois dos 40 é o estágio mais avançado do ser humano,  perto do sublime, do divino. Nessa fase a mulher alcança o auge da sabedoria, da experiência, da sensibilidade, da sensualidade.
    Uma mulher amadurecida é apetitosa que nem manga espada madurinha, dá vontade de tirar a casca e abocanhar, mulher não se descasca, está pronta.
    A menina de 20 anos lê o Kama-Sutra, a coroa de 50, pratica. Nada contra a juventude, é o encanto dos olhos, fantasia de desejos, êmulo do sentido. Quanto ao sexo feminino vou de Nabokov a Balzac.
    No mundo moderno viver a vida não é mais privilégio exclusivo dos jovens. A nova geração de coroas continua trabalhando, amando, em todos os lugares, nos lares, nos bares, nos mares, encarando a vida, dançando, sorrindo, sentindo. Os mais velhos não se entregam, querem viver, apreciar os encantos, as magias, os mistérios mais simples da vida. A mulherada muito contribuiu na mudança dos costumes, um presente de nossa vida.
    A maior revolução da história da humanidade não foi a Queda da Bastilha, nem a Revolução Russa, foi a das mulheres no século passado, ganhando seus merecidos lugares dentro da sociedade.
    Venceram preconceito, intolerância. No dia que as mulheres tiverem mais poder, mais comando; quando tiverem as rédeas do mundo, a humanidade será mais bela, mais gentil, mais generosa, mais tolerante.
    Vejam o exemplo onde existe opressão contra as mulheres, onde reina o machismo exagerado, nos países como Irã, Iraque, Afeganistão, campeia a violência.
    Prestemos homenagens à geração dessas mulheres maduras e corajosas, fizeram a revolução sexual e feminina no final dos anos 60, o mundo não foi mais o mesmo graças à coragem dessas mulheres belas, cheias de charme, que estão aí em sua plenitude.
    Além disso, a mulher madura tem o instinto maternal mais exacerbado. A mulher que é mulher, não basta ser boa na cama, tem que fazer o papel da companheira, namorada, amante. Freud explica isso em 60 volumes. A vida floresce na  mulher aos quarenta, cinquenta, sessenta, setenta e tantos anos. Nada melhor, nada  tão atraente quanto  a sexualidade, a experiência, da mulher madura, gostosa que nem  uma pinha de Palmeira dos Índios.   


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